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Você Já pensou ter sentido seu telefone tocar?: Texto
Ainda que possua esse nome sofisticado, não há grandes motivos para preocupação, na verdade esta sensação está associada aos avanços que temos vivenciado. O fato de estarmos cada vez mais conectados e em constante interação através das mais diversas redes socais acaba por gerar um hábito que aos poucos condiciona o cérebro àquela sensação.
É como se estivéssemos esperando tanto uma nova notificação ou interação de maneira que o nosso cérebro já dispare o gatilho daquela sensação familiar. Quase como quando começamos a salivar se estamos pensando em um belo de um x-burguer.
Porém, essa constante interação pode desencadear outra resposta que pode se tornar de fato um problema, o FOMO. Mas o que é o FOMO?
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Você Já pensou ter sentido seu telefone tocar?: Imagem
A sigla vem do inglês Fear of Missing Out, ou “medo de ficar de fora”, e diz respeito a essa sensação constante de estar conectado interagindo e vendo interações de outras pessoas. Esse comportamento acaba sendo tão intenso que gera níveis de ansiedade que impactam profundamente na vida da pessoa.
A necessidade de atualizar constantemente as redes sociais se torna tão forte que pode representar de fato um perigo na vida da pessoa, você nunca percebeu aquela pessoa mexendo no celular no trânsito? Muito tem a ver com este tipo de comportamento. De fato, entre as pessoas com 20 a 39 anos celulares são a causa de 57% dos acidentes, e isso é só um dos ambientes onde esse distúrbio pode ser prejudicial.
Segundo estudos, uma pessoa que conduz o veículo há 80 km/h e pega o celular para checar as notificações experiência algo como dirigir vendado por cerca de 100 metros. Vamos supor então que este motorista não vê um poste há tempo de frear, podemos calcular toda a desaceleração, e toda energia envolvida neste tipo de colisão:
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Em primeiro lugar podemos pensar na energia envolvida na batida. Se considerarmos que após a colisão os dois corpos param totalmente e permanecem juntos podemos observar que toda a energia cinética que o carro possuía foi dissipada na batida, outro ponto que podemos levar em consideração seria a massa aproximada de um carro compacto, como na imagem acima, em torno de 750kg, mais a massa de um ser humano em média 75kg. Portanto:

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Ou seja, uma colisão de 140mil Joules, o equivalente a 140 socos de um boxeador peso pesado. Além disso, podemos olhar para desaceleração, que esta pessoa irá sofrer, se consideramos que o carro tem todo o seu para-choque amassado até parar, podemos considerar a distância que o carro levou para parar como cerca de 1,5m, sendo assim:

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Algo em torno de 11,4g que já é capaz de provocar danos mais graves, como fraturas de costelas. Portanto sempre devemos ser cautelosos a respeito do risco que o grau de conexão que temos e a incessante necessidade de interagir nas mais diversas redes sociais nos afetam.
O poder de conexão das redes sociais é realmente importante para todos os avanços que tivemos na maneira como nos comunicamos e, embora sejam muito importantes, fica o questionamento, será que enquanto seres biológicos estamos de fato preparados para usufruir de tudo que elas nos proporcionam, ou seremos engolidos geração após geração pelos mais variados tipos de distúrbios físicos, psicológicos e sociais possíveis?
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